Fiz do
meu quarto o meu mercúrio, o meu planeta mercúrio
O mundo
afora é um júpter, é tão extenso que só oiço o seu murmúrio
Pareço-me
tão só no mercúrio, mas de tanto feliz não me julga solitário
Não me
julga não, pois, mesmo não fazendo parte de júpter, com ele sou solidário
Se eu
saia do meu mercúrio? Talvez estranho
Pois só o
único culpado por ter-me solitário e colado no mercúrio com estanho
Vibro-me
de tão feliz, eu que sou eu mesmo em verdade
Enquanto
o mundo minta-se eu desdenho a sua realidade
Todavia,
por vezes choro quanto as bagunças sem pejo
O que o
júpter oferece para as crianças? Não sabeis o meu almejo
Não
sabeis o quanto desejo nem sabeis o meu medo
Elas tão
inocentes e o júpter dando-lhes à mágoa ó credo (...)!
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