Ela dançava com o vestido transparente e molhado (de
óleo) feito uma louca. Os seus desejos eram imparáveis. Deixava a minha amiga
dançar p'ra mim enquanto eu lá no bar observava o ser atraente que leva
qualquer um (que procura ser perfeito) no mundo da imperfeição.
A minha amiga estava tensa e incontrolável. Almejava o
pequeno tesouro perdido na lógica, e adoptou-me no seu mundo de desejo ardente.
Ela sabia muito bem como sou ousado aquem o desejo não simplesmente desejava
mas, o dependente vício carnal almejava.
Me arranca do bar, põe-me no salão ao alto som dançante e
excitante que nem mais lembro o artista nem uma partezinha da música que
levou-me a ocultar a timidez, e esquecer da parte lógica que eu acarreto.
Melhor amiga na diversão. Sim, diversão — é o que
simplesmente aconteceu naquele salão.