Hoje bebo e como nas mãos dessa Escritora louca.
Sou rico como ela é, apenas mantendo um segredo entre a gente.
Depois de ela levar-me até o seu quarto para
terminar-mos o que havíamos começado por me incitar com aquela obra de frases
para maior, ela não popou-me nem um bocadinho. Depois da saída da piscina não
deixou que o clima ficasse frio.
Mas depois de tudo terminar, ela voltou para a
piscina à busca do livro que eu estava a ler, entregou-me e continuei a ler no
seu próprio quarto. Minutos depois a campanhia tocava.
— Já volto, lindo. — Disse p'ra mim com um olhar
de pedido a abraços de maiores.
Ela é incrível na cama, tal como escreve.
Passaram-se minutos mas não regressava. Achei estranho.
Depois de alguns instantes voltou pro quarto, não
sei o que fez. Foi em direcção ao seu guarda-fato, ficou por alguns segundos,
sem dizer nada para mim, saiu novamente.
Não disse nada para ela. Continuei a ler. Mais
minutos se passaram. Queria tomar um banho para sair de lá. A casa dela era
enorme, se eu procurasse a casa de banho, com certeza que me perderia. Como
apenas havia registrado na minha memória de onde eu vim, voltei pelo mesmo
caminho para fora, p'ra puder chamá-la.
Quando consegui chegar na porta da entrada, os
meus olhos se esforçavam a procurá-la sem eu andar por aí. Achei que talvez,
mesmo ela vivendo sozinha, seria falta de respeito andar por aí de toalha.
Algum ser movente passou pelos meus olhos
descuidadamente. Voltei a encaminhar os meu olhos para atrás p'ra puder certificar
o que era.
Quando concentrei não acreditei no que vi. Não
sabia o que fazer, não sabia o que estava a me sentir.
Voltei pro quarto dela. Sentei-me na cama, passei
as duas mãos na cabeça escorregando-as paulatinamente até o rosto.
— ... é capaz de tudo. — Se refletiu dentro de
mim.
Levantei e andei até por lugares onde não devia
andar, mas felizmente consegui encontrar o banheiro.
Tomei um banho. Me sequei e voltei pro quarto.
— Drogas, a minha roupa está na piscina! — Disse.
— E agora?! — Me questionei doque fazer. Mas a solução era ir p'ra lá.
Demorei mais um instante no seu quarto, ainda
assim ela não vinha.
Alguma coisa na sua banca chamou-me atenção. Vi
uma foto dela, dispida. Me aproximei. Não sei se era azar. Para além da foto,
tinha o álbum todo, o portátil mini estava ligado. Fechei a porta para que
quando ela viesse tinha que bater.
Peguei o ábum aí mesmo, comecei a ver as suas
fotos excitantes. Como era linda demais. Só não entendia porque é que era
solteira.
Sem terminar de ver as fotos no álbum, tirei o PC
e levei-o até a cama. Sentado fui até à pasta imagens.
— Quê que é isso!? — Era outra coisa no computador
min. Fotos tiradas por ela mesma toda nua. Fotos autografando seus livros e
tantas outras. Enquanto movia o mouse para outras fotos, sem querer fui para os
videos. Tentei sair da pasta, mas quando vi o rosto dela deitada na cama, como
a imagem principal do vídeo, esqueci as fotos.
Eram muitos videos. Abri o video que me dei de
vistas. Não estava acreditando. Era mesmo uma escritora louca. Estava se
masturbando. Fechei logo o video. Abri um outro. Aí estava com um homem. Os
videos estavam em partes parecendo que no seu quarto tinham quatro câmeras
filmando.
Algo me veio na mente, quando olhei para os cantos
do quarto, com susto deixei o seu PC cair. No seu quarto tinha quatro câmeras
instaladas, todas apontando para a cama. Quer dizer que os homens com que ela
se deitava, não sabiam que estavam a ser filmados.
Apanhei o PC, graças a Deus ainda estava ligado.
Procurei em todos os videos e como já esperava também tinha o meu. Eliminei
confirmando se havia ido na lixeira. Mas não foi.
Aí comecei a perceber do porquê do tamanho de sua
casa, e o porquê que era solteira. Lá tinha videos de pessoas famosas, até de
membros do governo, tudo estava lá. Com isso era muito fácil ela fazer
chantagem a quem puder. E com certeza que fazia pelas coisas que ela tinha.
Pus na Área de trabalho e coloquei o PC aonde
estava.
Saí do quarto para buscar a minha roupa e fugir
daí. Não tinha a certeza, mas achei que ela já havia terminado de fazer o que
estava a fazer aí fora. Pelo tempo, não acreditaria que o jovem com quem estava
a fazer sexo tem o potencial de fazer por horas.
Estava certo. Eles já não estavam lá. Cheguei,
vesti rapidamente. Olhei para a minha camisola sem botões, porque ela havia
arrebentado... No chão tinha computador, uma muchila e a roupa do outro jovem.
Tirei a camisola dele, me vesti. Quase a fugir, pensei rapidamente em algo que
também podia me fazer mudar de vida. Revistei a muchila do jovem, encontrei um
PC, disco duro externo, cabos Usb e pendrives.
Tirei apenas o disco duro e fui em passos azáfama,
no quarto dela. Enviei pro disco duro tudo que era essencial, desde as suas
fotos (todas), até os videos (todos). Retirei o disco duro e saí. Bem logo na
porta, lá estavam eles dois prontos para entrar. Ela já havia desconfiado de
mim. Eu estava a suar, tremendo com o disco duro na mão.
— Espera aí, essa camisola é minha!
Hey, você roubou o meu disco duro. — Disse o jovem
enquanto a Escritora estava pasma.
— Cale a boca! — Me aproveitei daquele momento
porque ela estava fraca.
— O que você fez? — Ela perguntou-me.
— Segredo é entre duas pessoas, agora mande esse
babaca ir embora. — Ela dançou a minha música. Pediu que o jovem fosse embora.
— Oquê? Como fica as minhas coisas?
— Volte amanhã e ela dará-te tudo. Já agora tem
uma bela camisola por aí. — Com medo do clima o jovem não hesitou. Foi.
— E agora? — Perguntou ela.
— Cúmplice na colaboração.
— Seja direito. O que tu queres?
— A metade de tudo ganhas.
— Estás a brincar?!
— Se é que tu não queres apodrecer na cadeia, ou
morrer nas mãos dos políticos que dormistes com eles.
— Ok. Ok! — Colaborou.
Tudo ficou entre a gente. Guardei o disco pra mim
e fiz mais outras cópias. Falei com o meu advogado para manter tudo em
segurança, caso ela me matasse, ele poderia revelar. O meu advogado é o meu
irmão, ele não é egoísta e por isso não se importou com isso.
Hoje vivo como ela vive, também sou um louco. Rico
por ter visão.
Isso é que é vida. Comer e beber sem muito
esforço.