Não era a primeira vez que a gente se encontrava
em sua casa. Umas duas, três... acho que era a quinta vez.
A gente se dava como se fossemos conhecidos de
longa data. Talvez porque conversávamos muito pelo facebook.
Uma gata solteirona.
Neste dia eu estava em sua casa, a ler um livro
seu, recentemente publicado. Ela já estava de férias no trabalho e tivera
trancado a Faculdade.
Enquanto eu lia o seu livro, um romance de 110
páginas, vinha com mais um outro. Ela sabia que eu havia começado a ler em
poucos minutos. Portanto estava longe de terminar.
Enquanto eu estava sentado bem no seu lugar de
lazer, na piscina, com um copo de café tão delicioso, não tanto quanto as
delícias de suas letras. Lia um romance que retratava a vida de uma velha vadia
que ao invés de estar com os seus netos contando-lhes umas histórias como é
comum pelas avós, ela procurava jovens para a sua satisfação sexual. Dava para
todos quando quisesse dar. Que velha!
Chegou até em mim e disse:
— Como está indo esse prato?
— Bom demais. Sabe, cada obra sua que leio, me faz
ser mais fanático de suas letras, mais admirador de ti.
— Óptimo! Que tal subistituir por um outro?
— Como assim? Não terminei ainda.
— Terminas pela semana. — Sorriu. Recebi a obra,
apenas ainda em folhas A4. O título era “Frases para Maiores". Algo me
bateu.
Tentei questioná-la mas já não estava lá.
Folhei até à página da primeira frase.
— Oh! que sacanagem! — Pensei parar. Mas aquele
pequeno tempo que disponibilizei os meus olhos e a minha mente a lerem aquela
frase, já havia me deixado anormal. Continuei.
De cada vez que eu lia aquelas frases, só me via
na mente: Essa é a escritora do diabo. Não quis deixa-lo. Depois de ler tantas
frases, já estava totalmente molhado.
— Foda-se oque farei? Molhei a calça. — Disse.
Senti a sombra de alguém. Quando me dispistei do
livro de frases para maiores, olhei para o outro lado, lá vinha ela toda sexy e
dispida.
Chegou em mim. Recebeu-me a sua obra, puxou-me
para me levantar, rebentou os botões da minha camisola, tirei a calça... e nos
mandamos para a piscina...
— O que você está fazendo? — Perguntei-a.
— O que você está fazendo! — Respondeu.
— Eu não estou a fazer nada!
— Cala a boca e põe.
Enquanto eu fazia aí mesmo na piscina em sua casa,
notei que a história da velha vadia, era quase identica a sua realidade. Ou
melhor, ela escreveu a sua própria profecia.
Com certeza que aquela obra de folhas A4, servia
para excitar todos os homens que lá iam (já que ela era solteira).
Saímos da piscina, me leveu pro seu quarto
acariciando... para não morrer.
Continue...