Há muito tempo que eu já não aguentava a alta
ignorância, arrogância e desprezo daquele homem. Vivo numa das províncias cá na
minha terra natal. Uma pequena linda província que naqual existe um monte de
leis que não fazem sentido a burra ignorância daquele homem. Eu o odeiava, e o
ódeio ainda mais.
Num certo dia caminhava rumo a um bar para
esquecer da briga que tivera com a minha maldita esposa. (Odeio essa vaca.
Pensa que é sei lá quem. P'ra ela estou sempre errado, foda-se!).
Entrei num bar, perto mesmo de casa. Mesmo sendo
perto de casa não deixei de jeito nenhum o meu carro. Estacionei-o no pequeno
“park" do bar.
Já dentro do bar, como tenho sempre essa de ir lá.
Cultivei bons amigos, só que nenhum deles estava lá.
— Barman, porfavor, uma ngala aqui. Aquela de
sempre — disse.
— É p'ra já meu senhor. — Respondeu o barman.
Dei uns goles de leve, porque bebia
paulatinamente.
Do nada apareceu umas imagens na minha memória de
quando cheguei no bar. Saí fora para ter a prova de que era mesmo aquilo que me
vinha na mente. Observei muito bem e não tinha dúvida nenhuma. — é barra!—
disse lisongiado já com um pequeno enjou, tavez porque não tivera exagerado...
Voltei ao bar e antes de me sentar fui ao banheiro. Logo ao voltar, bem antes
de dar uma olhada onde estavam os consumidores, já ouvia voz gritando de raiva
por todo bar, parece que a senhora chegava naquele momento.
— Ó barman, serve p'ra mim um copo, hoje eu vou
beber. Homem é uma merda de todas as merdas que existe no planeta. — disse a
senhora. Voltando para o meu lugar, concentrava a jovem que parecia frustrada.
Em quanto ela bebeia e a minha mesa estava a sua atrás ela com a face em
frente, eu não conseguia enxergar nem um bocadinho o seu rosto.
Concentrando ela, vinha sem olhar para a minha
mesa, sem dar conta tropecei na cadeira, mas não fui p'ro chão. Aquele barulho
pertubou todos, e consequentemente ela olhou para atrás...
— Victória!— disse assustado, raivoso num alto
som. Por isso é que os meus olhos não saíam dela. A minha mente sabia que é um
familiar. Era a minha mulher.
— Tony! — levantou-se e se meteu a correr. Fui
atrás dela. Quase tentando sair do bar puxei-a.
— Como foi possível deixares as crianças e vires
para cá se embebedar. — disse.
— Ai! E você! Você não deixou os miúdos em casa.
Eu e os miúdos, para viver beber?!
— Tu, tu... — dei-lhe uma bofetada. Ela não
hesitou. Se revoltou tentando voltar para mim. Não funcionou e começou um
grande escândalo no bar. Eu e a minha mulher lutando no bar.
— Não façam isso. Acodem, acodem! — gritava o
barman.
— Deixam eles. Casal sem vergonha. — disse um
outro homem cujo o seu rosto não vi. Sem mais demora os consumidores que lá
estavam, partiram para o meio e infelizmente conseguiram parar a briga.
Não gostei nem um bocadinho, queria que ela
apanhasse ainda mais...
— Parou porquê, casal sem vergonha!? — O mesmo
sujeito repetiu... Dessa vez consegui captar o seu rosto... Era o cabrão
daquele homem, arrogante, ignorante. A victória saiu logo daí, correndo.
— Ó homem, seu mal educado, arrogante filho da
mãe. — cheguei mais perto dele e apontando o dedo indicador dizendo : — Você me
paga, você me paga, seu filho da besta!
— Você vai continuando me odeiando filho da puta,
mas nunca me verás a bater nem minha nem porra nenhuma de mulher na rua.
— disse o homem. Parti logo p'ra cima dele. Mais
uma briga no bar, e essa pareceu mais séria ainda.
O homem correu p'ra outra mesa pegou no copo de um
casal e lançou logo p'ra mim, atingindo à minha testa e... fiquei a verter
muito sangue. O homem correu p'ra fora em direcção ao seu carro. Abriu
rapidamente a porta e entrou.
Antes que ele ligasse o carro tirei rápido o meu
telemóvel e fiz uma ligeira ligação.
— Está tudo feito?!
— Feito, meu senhor. — concordou o meu cúmplice. O
homem ligou o carro e... só havia fogo no park do bar. Mais dois carros foram
atingidos. Peguei o meu carro e saí logo daí rumo a um hospital. Satisfeito por
tirar um cão ignorante deste mundo e o mandar para o inferno.