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SOBRE O LIVRO SOMOS A CULPA DE SAN PEDRIMBI




Vivemos numa época muito modernizada em que até os próprios pais já não nadam contra a maré. Adaptaram-se às condições da modernização. Não foram e nem vão contra a modernização. Uns até vivem apoiando o mundo actual porque facilitou-os nos cuidados de sua família.
Outrora havia mais diálogo no interior das famílias, havia sentadas, passeio familiar em conversas do passado de como fora a infância ou a adolescência dos pais e dando exemplos relacionados ao mundo moderno. Não podemos esperar um resultado positivo no final do ano lectivo quando sabemos o que fazemos de negativo ao longo desse ano.
Ser pai é ter uma função relevante dentro da sociedade. Os filhos são cuidados não para sempre porque depois vem a sua independência. No entanto, a essas fases onde os filhos passam, são da inteira responsabilidade dos pais.
Não devemos esperar laranja quando plantamos limão. É muito normal que haja isso que chamamos de mesada mas não ocultando aquilo que é o esforço para dar surgimento a essa participação para os filhos.

Actualmente os pais são do tipo de menos conversas e mais trabalho.
Do que se espera de um filho que quando criança não aprendeu o valor das coisas, não teve limites em seus actos? Deixamos a onda levar-nos e passamos a vida a culpabilizar a fase dessa vida, a adolescência. Só não sabemos que nós mesmos é que prevemos a adolescência do nosso filho. A adolescência é uma fase onde as exigências já não fazem sentido. Os que têm maior relevância nesta fase são os diálogos, as conversas sinceras de pai para filho e de filho para o pai. Imagina quando na infância não se coloca limites, não se conversa do passado dos pais, não se importa em conhecer as amizades dos filhos, não se há um acompanhamento escolar, não se dá a conhecer dos valores que as coisas têm, quando dá-se tudo enfim quando não se há exigências, como será a adolescência, a vida adulta desse filho? Será impossível prevê-la? É possível verificar os nossos erros.
Mais tarde verificamos a problemática adolescência onde inserimos os nossos filhos pelas lacunas deixadas por nós. Criámos filhos problemáticos, revoltados e frustrados perdendo-os para as drogas, prostituição, vemos filhos indo fisicamente contra os pais, filhos que nada sabem fazer até ensaboar a sua própria roupa.

Por outro lado aconchega-se a questão da confiança. Se os pais não confiam nos próprios filhos a quem mais confiarão? Deve-se colocar confiança aos filhos, devemos mostrá-los que estamos ao seu lado para qualquer coisa que vir acontecer. Isso refere-se ao diálogo. Os pais acreditam mais nas bocas de fora do que nas de dentro. O que as pessoas acham dos filhos que contam mais coisas aos amigos do que aos pais? Falta de confiança no meio. Criar filhos não é fácil. E o mais difícil ainda é educá-los. É necessário bastante tempo para atenção e paciência para tal.
O mundo mudou e com o passar dos tempos faz-se sentir isso que chamam de direitos iguais. Deve existir sim e não se nega, mas deve haver circunstâncias em que a questão de direitos iguais deve estar longe. Refiro-me aos cuidados e a educação dos filhos. Já o pai trabalha das sete às dezoito e só há tempo para os filhos aos finais de semana, porque deve-se ter direitos iguais de trabalho, a mãe segue o mesmo caminho? E agora, quem cuida dos filhos? Eles próprios se cuidarão? Depois de crescidos já na adolescência, são os pais que os mandarão ou eles próprios se mandarão?
São questões que devem ser reflectidas após da leitura de SOMOS A CULPA de San Pedrimbi.

É um pequeno mas grande livro para pais e filhos, sobretudo pais porque são os erros menos velados por eles, assim como achar que a televisão e a internet educarão os seus filhos. O trabalhar sim é para o sustento dos filhos, todavia não é o salário que os educará. Deve haver tempo reservado para eles e como foi citado a cima, deve haver muito diálogo para o desenvolvimento da confiança.
O livro de San Pedrimbi de género narrativo embora sendo uma ficção porém pela facto de ser verosímil, aborda todos esses assuntos com pormenores puxando reflexões aos pais e filhos.
Deve-se haver mais responsabilidade e se poder, estudos, quando recebe-se a notícia de que seremos pais para não estarmos a colocar crianças no mundo que mais tarde tornam-se adolescentes rebeldes, frustrados enfim e tantos outros adjectivos péssimos que um filho deve receber tudo por culpa dos pais. O livro de San Pedrimbi narra a nossa realidade. Essas histórias embora fazem parte da ficção literária, também são reais. Leiam o livro e reflictam.


“O autor San Pedrimbi”

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