Vivemos numa época muito
modernizada em que até os próprios pais já não nadam contra a maré.
Adaptaram-se às condições da modernização. Não foram e nem vão contra a
modernização. Uns até vivem apoiando o mundo actual porque facilitou-os nos
cuidados de sua família.
Outrora havia mais diálogo no
interior das famílias, havia sentadas, passeio familiar em conversas do passado
de como fora a infância ou a adolescência dos pais e dando exemplos
relacionados ao mundo moderno. Não podemos esperar um resultado positivo no final
do ano lectivo quando sabemos o que fazemos de negativo ao longo desse ano.
Ser pai é ter uma função
relevante dentro da sociedade. Os filhos são cuidados não para sempre porque
depois vem a sua independência. No entanto, a essas fases onde os filhos passam,
são da inteira responsabilidade dos pais.
Não devemos esperar laranja
quando plantamos limão. É muito normal que haja isso que chamamos de mesada mas
não ocultando aquilo que é o esforço para dar surgimento a essa participação
para os filhos.
Actualmente os pais são do tipo
de menos conversas e mais trabalho.
Do que se espera de um filho que
quando criança não aprendeu o valor das coisas, não teve limites em seus actos?
Deixamos a onda levar-nos e passamos a vida a culpabilizar a fase dessa vida, a
adolescência. Só não sabemos que nós mesmos é que prevemos a adolescência do
nosso filho. A adolescência é uma fase onde as exigências já não fazem sentido.
Os que têm maior relevância nesta fase são os diálogos, as conversas sinceras
de pai para filho e de filho para o pai. Imagina quando na infância não se
coloca limites, não se conversa do passado dos pais, não se importa em conhecer
as amizades dos filhos, não se há um acompanhamento escolar, não se dá a
conhecer dos valores que as coisas têm, quando dá-se tudo enfim quando não se
há exigências, como será a adolescência, a vida adulta desse filho? Será
impossível prevê-la? É possível verificar os nossos erros.
Mais tarde verificamos a
problemática adolescência onde inserimos os nossos filhos pelas lacunas
deixadas por nós. Criámos filhos problemáticos, revoltados e frustrados
perdendo-os para as drogas, prostituição, vemos filhos indo fisicamente contra
os pais, filhos que nada sabem fazer até ensaboar a sua própria roupa.
Por outro lado aconchega-se a questão
da confiança. Se os pais não confiam nos próprios filhos a quem mais confiarão?
Deve-se colocar confiança aos filhos, devemos mostrá-los que estamos ao seu
lado para qualquer coisa que vir acontecer. Isso refere-se ao diálogo. Os pais
acreditam mais nas bocas de fora do que nas de dentro. O que as pessoas acham
dos filhos que contam mais coisas aos amigos do que aos pais? Falta de
confiança no meio. Criar filhos não é fácil. E o mais difícil ainda é
educá-los. É necessário bastante tempo para atenção e paciência para tal.
O mundo mudou e com o passar dos
tempos faz-se sentir isso que chamam de direitos iguais. Deve existir sim e não
se nega, mas deve haver circunstâncias em que a questão de direitos iguais deve
estar longe. Refiro-me aos cuidados e a educação dos filhos. Já o pai trabalha
das sete às dezoito e só há tempo para os filhos aos finais de semana, porque
deve-se ter direitos iguais de trabalho, a mãe segue o mesmo caminho? E agora,
quem cuida dos filhos? Eles próprios se cuidarão? Depois de crescidos já na
adolescência, são os pais que os mandarão ou eles próprios se mandarão?
São questões que devem ser reflectidas
após da leitura de SOMOS A CULPA de San Pedrimbi.
É um pequeno mas grande livro
para pais e filhos, sobretudo pais porque são os erros menos velados por eles,
assim como achar que a televisão e a internet educarão os seus filhos. O
trabalhar sim é para o sustento dos filhos, todavia não é o salário que os
educará. Deve haver tempo reservado para eles e como foi citado a cima, deve
haver muito diálogo para o desenvolvimento da confiança.
O livro de San Pedrimbi de género
narrativo embora sendo uma ficção porém pela facto de ser verosímil, aborda
todos esses assuntos com pormenores puxando reflexões aos pais e filhos.
Deve-se haver mais
responsabilidade e se poder, estudos, quando recebe-se a notícia de que seremos
pais para não estarmos a colocar crianças no mundo que mais tarde tornam-se
adolescentes rebeldes, frustrados enfim e tantos outros adjectivos péssimos que
um filho deve receber tudo por culpa dos pais. O livro de San Pedrimbi narra a
nossa realidade. Essas histórias embora fazem parte da ficção literária, também
são reais. Leiam o livro e reflictam.
“O autor San Pedrimbi”